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Cavaco Silva fez ontem uma comunicação oficial que ficará para a história daquilo a que ele próprio definiu como “cooperação estratégica”- Nessa comunicação Cavaco Silva dirigiu-se às vítimas, disse que já tinha falado com os militares da engenharia militar e ainda disse, com ar de quem tinha recebido um brinquedo novo, que o rei de Espanha lhe tinha telefonado.

Assegurou à madeira que “o governo vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance” para ajudar a região, mas quando questionado sobre se já tinha falado com José Sócrates respondeu que tinha constatado que o ministro da Administração Interna já tinha falado sobre o assunto.

Isto é, mesmo perante uma catástrofe e muitas horas depois Cavaco Silva faz uma comunicação oficial ao país para dizer que tinha falado com militares, mas não tinha falado com ninguém do governo, pior ainda, sabia o que o ministro tinha dito pela comunicação social.

É isto um Presidente da República? Nem mesmo perante uma situação de tão grande gravidade Cavaco Silva deixa a sua postura de guerrilha institucional e de candidato não assumido à Presidência da República.

O país assistiu a um mau temo de antena de um mau candidato a Presidente da República.

Publicada por Alegre Cavaqueira em sábado, 20 de fevereiro de 2010
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«O fundador e líder da Assistência Médica Internacional (AMI), o médico Fernando Nobre, vai candidatar-se à Presidência da República. A candidatura vai ser apresentada na sexta-feira, no Padrão dos Descobrimentos, às 20h00.»

Publicada por Alegre Cavaqueira em quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
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Não deixa de ser estranho o silêncio dos dois candidatos presidenciais, quase apetece dizer que há sempre duas vozes que se calam. Cavaco está mais silencioso do que noutras ocasiões, como sucedeu, por exemplo, com o processo Freeport. Manuel Alegre que fez uma pequena intervenção na fase inicial do processo, um pouco como descaro de consciência, está agora remetido a um silêncio ensurdecedor. Temos, portanto, dois candidatos presidenciais que perante uma situação de crise nada arriscam.

Cavaco é quem mais tem lucrado com o processo Face Oculta pois graças a ele conseguiu ocultar o comportamento duvidoso do Palácio de Belém. Limitou-se a intervir para atirar achas para a fogueira, omitindo todas as violações promovidas pelos conspiradores da Face Oculta, para chamar a atenção para a liberdade de expressão. Ao contrário do que sucedeu como processo Freeport, desta vez tudo tem feito para evitar que se lembrem dele, não vá alguém Cavaco talvez tenha conseguido uma vitória antecipada nas eleições presidenciais.

Se Cavaco nunca reparou nem ficou preocupado com as violações sistemáticas do segredo de justiça, Manuel Alegre veio a público levantar a questão, mas com a pontualidade do comboio espanhol. Quando o caso Freeport esteve ao rubro e ele andava amancebado com Louçã nunca ninguém o ouviu, agora que precisa do apoio activo do PS para que a sua candidatura não tenha uma votação digna da extrema-esquerda, lá fez o frete de vir em defesa da legalidade. Agora remeteu-se ao silêncio, Manuel Alegre é um candidato presidencial que só fala em jantares ou quando vai à pesca.

Publicada por Alegre Cavaqueira em sábado, 13 de fevereiro de 2010
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«Manuel Alegre foi um dos 68 ex-deputados que pediram à Assembleia da República a atribuição da subvenção vitalícia e do subsídio de reintegração. O ex-deputado diz que "recebe aquilo a que tem direito".

Segundo avança hoje o Correio da Manhã, 68 ex-deputados pediram à Assembleia da República a atribuição da subvenção vitalícia e do subsídio de reintegração. Entre eles, segundo dados fornecidos pelo próprio Parlamento ao jornal, encontra-se Manuel Alegre.

Como explica o Correio da Manhã, ao pedir a subvenção vitalícia, Manuel Alegre passa a receber duas pensões do Estado. A receber uma reforma de 3219 euros como aposentado da RDP, Manuel Alegre irá receber agora uma subvenção vitalícia superior a dois mil euros mensais.

Confrontado pelo Correio da Manhã acerca desse facto, Manuel Alegre afirmou: "Eu recebo aquilo a que tenho direito. A pensão como funcionário da RDP e a subvenção vitalícia a que qualquer deputado tem direito". As duas reformas em conjunto, adianta o CM, ascenderão a quase cinco mil euros por mês. Manuel Alegre considera que "tudo somado, agora recebo menos 500 euros do que recebia quando tinha um terço da pensão".

Com 34 anos de deputado, Manuel Alegre afirmou ainda ao Correio da Manhã que "Eu podia ter acumulado duas pensões a partir dos 65 anos (reformou-se da RDP com 70 anos) e prescindi disso".» [Diário de Notícias]

Já muito se escreveu sobre as pensões vitalícias atribuídas aos deputados, ma maior parte dos casos com muito populismo à mistura. Não sou contra essas pensões e muito menos quando um deputado tem mais de 70 anos, também não me incomoda se alguém recebe duas pensões para as quais contribuiu com descontos. O que me suscita dúvidas no caso de um deputado com essa idade é o facto de um deputado com essa a idade de Manuel Alegre cuja actividade profissional conhecida é a de poeta venha a receber um subsídio de reintegração. Reintegração no quê?

Se Manuel Alegre precindisse desse subsídio de reintegração não faria mais do que dar um om exemplo, um exemplo digno de quem tanto barulho tem feito em nome dos pobres.

Publicada por Alegre Cavaqueira em quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
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Gosto de ver o candidato presidencial de Boliqueime dar lições de democracia aos portugueses mas lembro-me de quando a licença para a criação do canal de televisão que veio dar lugar à TVI a decisão ter sido questionável. Cavaco está preocupado com a eventualidade de Sócrates perseguir a família Moniz, mas a verdade é que para ele foi mais fácil ter o controlo de uma estação de televisão dando-o à igreja, em prejuízo da candidatura de Proença de Carvalho.

Aliás, Cavaco que já tinha um controlo próximo da RTP, comparar o pluralismo de hoje da estação pública com o dos tempos do cavaquismo é do dia para a noite, nesse tempo os jornalistas da RTP, onde se destacava o Moniz, lambiam as botas aos governantes do PSD. Mas o democrata Cavaco Silva, o tal que anda muito preocupado com a liberdade de imprensa, deve ter achado pouco, lançou dois canais privados, um foi para Pinto Balsemão e o outro para a Igreja, a direita passou a controlar três estações de televisão.

Nesse tempo, sim, havia liberdade de imprensa! Ora bolas Cavaco!

Publicada por Alegre Cavaqueira em terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
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«Octávio Teixeira disse hoje à Antena 1 aquilo que foi óbvio ao longo de meses "houve para aís uns fóruns da esquerda, etc., em que, por exemplo, o Partido Comunista Português foi excluído desses fóruns, é evidente que quando se fazem coisas destas que se pretende aparentemente unir a esquerda e se exclui uma base essencial da esquerda parece-me difícil que haja consensos em torno de quem esteve à frente disso» (Antena 1)

Octávio Teixeira disse aquilo que ao longo de quase três anos foi evidente para todos os portugueses e em especial pelos visados pela estratégia da dupla Louçã/Alegre, os que militam no PS e no PCP, que Manuel Alegre fez o jogo de Louçã deixando de fora o PCP e apostou claramente na chantagem da cisão do PS. Os participantes dos fóruns alegristas eram apresentados como os que tinham conseguido ver a verdade em Alegre, a vanguarda da esquerda.
Agora Manuel Alegre vai ter muitas dificuldades em unir aquilo que ele próprio tentou desunir e conseguir o apoio dos que ele marginalizou. Foi evidente a marginalização do PCP e a pressão sobre o PS, cujo ponto mais alto foi a candidatura de Helena Roseta a Lisboa. Alegre até poderá conseguir uns negócios, como aquele que António Costa fez com Helena Roseta, mas muito dificilmente conseguirá convencer os militantes e eleitores do PCP e do PS.
Curiosamente até poderá vir a contar com os votos do PCP numa segunda volta que dificilmente ocorrerá, mais difícil será votar nos que insistiram em votar PS apesar de todas as suas intervenções públicas, onde se uniu sistematicamente ao BE para não referir alguns movimentos populistas, como o da maternidade de Elvas, em que juntou a sua voz à de Marques Mendes.
Alegre pode apresentar-se como um candidato suprapartidário pois a sua candidatura até é motivada mais pela vaidade e raiva pessoais, mas nunca conseguirá unir qualquer esquerda o que, de resto de pouco lhe serviria, se essa unidade da esquerda assenta num discurso bacoco e saudosista perde o voto do centro sem o qual ninguém chega a Presidente da República.

Publicada por Alegre Cavaqueira em quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
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Acho que Cavaco vai propor que Boliqueime seja considerado nas negociações do acordo ortográfico. Vale a pena ouvir o ainda Presidente da República na TSF.

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Publicada por Alegre Cavaqueira em sábado, 30 de janeiro de 2010
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Por Nuno Saraiva
Diário de Notícias de 30-01-2010


Manuel Alegre é o único pré-candidato assumido às eleições presidenciais de Janeiro de 2011. Mas, desde a disponibilidade publicitada em Portimão, o aspirante a inquilino do Palácio de Belém fez voto de silêncio sobre tudo o que seja incómodo para o Partido Socialista. É compreensível! Afinal, Alegre precisa, desta vez, do apoio do seu partido à ode que começou a escrever na noite em que, há quatro anos, foi derrotado por Cavaco Silva.

Mas onde andará o inconformado poeta que ninguém calava? Que é feito do deputado (que já não é) insubmisso, e que tantos engulhos causou ao PS, por se recusar a acatar a disciplina partidária? Onde esteve afinal Manuel Alegre na semana em que o Governo do seu partido apresentou o Orçamento do Estado, que contará com a condescendência do "bloco conservador", que tem a "grande tentação" de se "reagrupar" à volta do actual Presidente da República?

Uma vez viabilizado na Assembleia da República o Orçamento do Estado, com o "apoio" implícito do centro-direita - por mais caminhos alternativos que tivesse -, torna-se evidente que PSD e CDS terão menos margem de manobra para fazer oposição. A luta contra o Governo, até por via dos inúmeros constrangimentos orçamentais, irá pois transferir- -se, de novo, para fora de São Bento. Aí, espera-se, já os socialistas terão desfeito o seu tabu presidencial. Ou apoiam Manuel Alegre ou não apoiam.

Então, os funcionários públicos, castigados e sem aumentos, não hesitarão em sair à rua juntando-se aos enfermeiros e aos professores, aos polícias e aos militares, aos juízes e aos magistrados. Todos, enfim, vítimas da "obsessão" com o défice público.

Ao seu lado estarão os partidos de esquerda, designadamente o Bloco, com a autoridade de quem votará contra o Orçamento. O mesmo Bloco, aliás, até agora, único partido a apoiar a pré-candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República.

E nessa altura, ao lado de quem estará Manuel Alegre? Na rua, ao lado da esquerda com quem flirtou nos últimos quatro anos, por exemplo nas poltronas do Teatro da Trindade ou da Aula Magna em Lisboa? Ou algures numa aldeia esconsa a jantar com um punhado dos seus apoiantes e poupando o PS, correndo o risco de alienar boa parte do seu capital político?

Do "yes we can" ao "I don't give up"

A diferença entre o actual Presidente americano e George W. Bush ficou bem vincada no primeiro discurso do estado da União de Barack Obama. Ao contrário da linguagem belicista do seu antecessor, Obama apostou na economia e no combate ao desemprego, que afecta "um em cada dez americanos". Perante uma América que, após um ano de mandato, começava a descrer no seu Presidente, Obama conseguiu, pelo menos durante os 70 minutos que durou a sua intervenção, cativar 30 milhões de americanos. E para tal bastou, um ano depois, dizer-lhes uma frase: "Eu não desisto. Vamos começar de novo."

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Portugal corre um sério risco de não ver nas próximas eleições um problema político mas sim um problema saúde pública, as televisões em vez de convidarem analistas políticos vão convidar médicos especialistas em geriatria. Mais do que projectos políticos vamos discutir qual dos candidatos está em melhores condições físicas, vamos questionar se o tremor nas mãos de Cavaco Silva é um tique ou uma doença degenerativa do foro neurológico, os cavaquistas vão contrapor insinuando que a loucura de Alegre tem mais a ver com o desgaste natural do que os neurónios do que com a tolerância que se costuma atribuir aos poetas.

O que distingue os projectos de Cavaco e de Alegre? Muito pouco para além dos estilos, ambos mantêm reféns os seus partidos usando-os para concretizar as suas ambições pessoais, os dois estão convencidos de que o país lhes deve muito. É evidente que vamos ter dois estilos, no dia dos anos Cavaco deve ter dado ouvidos à Dona Maria que, provavelmente influenciada pela “Hola”, achou boa ideia reunir a família e tirar uma foto à moda das monarquias, os portugueses ficaram a conhecer os filhos, os netinhos e demais família. Com Alegre a abordagem vai ser mais republicana, deverá dar uma sardinhada aos amigos, regada um bom vinho da adega do palácio, provavelmente abrirá o palácio ao povo e no dia seguinte os jardineiros serão dispensados de regar o jardim.

Se concorrerem apenas Cavaco e Alegre vamos ter de nos habituar à ideia de que o Palácio de Belém vai passar a ter mais uma “casa” para além da casa civil e da dos militares, vai ter também uma equipa médica que formará a casa de saúde. Não me admiraria nada que se um qualquer presidente estrangeiro de visita a Portugal na hora da tradicional troca de presentes se lembre de oferecer um par de canadianas ao nosso e não me estou a referir a duas loiras com pernas bonitas ou a um blusão de nylon, canadianas mesmo.
Não voto nem Alegre, nem Cavaco Silva, um não sabe muito bem o que quer para o país e o outro tem um projecto que eu não quero. Se o PSD ou o PSD insistirem em apresentar estes dois candidatos não voto, Portugal merece melhor.

Publicada por Alegre Cavaqueira em quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
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